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ECCO'LET: A multinacional que desrespeita as suas próprias políticas de empresa - SNPIC

ECCO'LET: A multinacional que desrespeita as suas próprias políticas de empresa - SNPIC

O setor do calçado em Portugal tem estado em constante crescimento e, atualmente, as três maiores empresas do cluster do calçado são multinacionais de origem europeia que estão implantadas no Norte do país desde as décadas de 70 e 80. Estas empresas, a Ara, a Gabor e a Ecco, são altamente exportadoras e responsáveis por muitos postos de trabalho em Portugal.

No entanto, como se tem vindo a demonstrar na empresa Ecco, nem tudo são rosas no setor do calçado em Portugal. Os trabalhadores da Ecco, desde 2014, têm vindo a reclamar e a demonstrar o seu descontentamento com as políticas da empresa, que mudou a sua política e fez cortes nos salários e nos prémios de produção. Em 2021, a empresa adicionou o prémio ao salário base, o que, no nosso entender, serve para a empresa não ter de proceder a aumentos, alegando que já paga acima da tabela negociada no contrato coletivo entre a FESETE e os seus sindicatos e a APICCAPS. No entanto, a empresa não está a cumprir com aquela que foi a sua política de empresa por um período superior a 30/35 anos.

Esta situação demonstra uma realidade preocupante no setor do calçado em Portugal: a exploração laboral. A empresa Ecco, que sempre prezou pelo pagamento de salários mais altos e pelo pagamento de prémios de produção, atualmente não está a cumprir com as suas políticas anteriores, o que demonstra que o setor do calçado em Portugal pode estar a seguir o caminho da exploração laboral que muitos outros setores já seguiram.

Apesar de a Ara, a Gabor e a Ecco serem empresas altamente exportadoras e responsáveis por muitos postos de trabalho em Portugal, é importante que sejam também responsáveis perante os seus trabalhadores e que cumpram com as suas políticas de empresa. É importante que o setor do calçado em Portugal não siga o caminho da exploração laboral e que sejam tomadas medidas para garantir que os trabalhadores sejam tratados com justiça e respeito.

A APICCAPS, a associação do setor, realça que as multinacionais anteciparam a entrada de Portugal na União Europeia e que trouxeram muito conhecimento para o setor. No entanto, é importante que estas empresas também antecipem e se adaptem à evolução dos direitos laborais e das necessidades dos trabalhadores, garantindo que estes são tratados com justiça e respeito.

Em conclusão, o setor do calçado em Portugal tem sido um setor em constante crescimento, responsável por muitos postos de trabalho e altamente exportador. No entanto, é importante que este crescimento não seja feito à custa dos direitos dos trabalhadores e que as empresas do setor cumpram com as suas políticas de empresa e se adaptem à evolução dos direitos dos trabalhadores. É importante garantir que os trabalhadores do setor do calçado em Portugal são tratados com justiça e respeito e que não sejam explorados em nome do lucro.

(Ara, a Gabor e a Ecco em conjunto respondem por um volume de negócios superior a 180 milhões de euros e asseguram quase 2.000 postos de trabalho no país - Artigo do Eco.Sapo.PT)

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