Agora os resultados são oficiais!
O setor do Calçado está sem dúvida a viver os seus melhores anos, em termos de exportações e lucro. Em 2017, o setor orgulhou-se dos enormes lucros obtidos, e desde então tem mantido a boa performance e bateu recordes de exportações em 2022, mais de 2 mil milhões de euros.
No entanto a situação dos trabalhadores no setor do Calçado é uma questão preocupante que requer uma atenção imediata. A indústria tem sido marcada por lucros históricos desde 2017, mas isso não se reflete nas condições de trabalho e nos salários dos trabalhadores. Muitos trabalhadores, senão a maioria, do setor do calçado ainda ganham o salário mínimo ou pouco acima, e há 10 anos que recebem um subsídio de alimentação de 2.5 euros ou pouco mais. Isto acontece pela falta da boa negociação do contrato coletivo entre a federação de sindicatos - FESETE e a associação patronal - APICCAPS.
É importante destacar que o sucesso do calçado português no mercado internacional é graças ao trabalho duro e especialização dos trabalhadores, merecemos ser valorizados e receber condições justas de trabalho. É preciso tomarmos uma atitude e mostrar ao mundo como somos tratados.
Aqui está a escolha: ficamos de braços cruzados e permitimos que a APICCAPS e as empresas, continuem a desconsiderar as nossas condições de trabalho ou lutamos juntos e mostramos a importância da união. É hora de escolher lutar e fazer valer os nossos direitos!
Como diz a citação: "És um produto das tuas escolhas, não uma vítima das circunstâncias." Não podemos ser vítimas das circunstâncias, mas sim produto das nossas escolhas. Se escolhermos lutar, mesmo que possamos perder, já estamos a fazer a diferença. É hora de juntos escolhermos fazer a diferença e lutar pelos nossos direitos, os direitos dos trabalhadores no setor do Calçado, Malas e Afins.
