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ECCO'LET: o CEO Panos Mytaros concorda com as reivindicações dos trabalhadores, mas o diretor da unidade em Portugal, recusa-se a mudar o valor do aumento salarial.

O SNPIC apoia firmemente esta greve e espera que a empresa responda positivamente às reivindicações dos trabalhadores, negocie com eles e dê aumentos de salário justos e condições de trabalho dignas.

A greve parcial da próxima semana envolve uma paragem de 30 minutos em cada turno: entre as 10:00 e as 10:30, para os trabalhadores dos turnos da madrugada e do horário diurno normal, e entre as 14:30 e as 15:00, para os trabalhadores do turno da tarde. O SNPIC apoia firmemente os trabalhadores da ECCO'LET na luta pela mudança de mentalidade dos empresários no setor do calçado. É inaceitável que a direção da empresa ache que os trabalhadores não têm razão de queixa, quando estes estão a lutar por aumentos salariais imediatos e condições de trabalho justas.

É verdade que a ECCO Portugal paga remunerações acima do salário mínimo nacional e oferece benefícios adicionais como refere o diretor da ECCO'LET Portugal, Gustavo Kremer, subsídio de alimentação de 5,20 euros e o seguro de saúde gratuito. No entanto, os trabalhadores queixam-se de que o serviço na cantina está pior e os preços aumentaram, o que torna o subsídio de alimentação insuficiente para suportar os custos crescentes. Além disso, é importante lembrar que muitas empresas oferecem seguro de saúde e que este não é um benefício novo dado aos trabalhadores da ECCO'LET.

Os trabalhadores também questionam por que foram dados bons aumentos nas outras unidades da ECCO'LET na Europa, enquanto em Portugal não. Durante a reunião realizada no dia 19 de janeiro de 2023, com a presença dos Delegados Sindicais da empresa, o CEO da ECCO, Panos Mytaros, afirmou que queria vir pessoalmente a Portugal para entender o motivo do descontentamento dos trabalhadores e ouvir o seu ponto de vista. Ele concordou com os argumentos dos trabalhadores, mas afirmou não poder interferir nas decisões tomadas pela unidade portuguesa, sendo esta da responsabilidade do diretor da ECCO'LET Portugal, Gustavo Kremer.

É preocupante que o diretor da ECCO'LET Portugal, tenha afirmado que não iria mudar o valor dos 55€ de aumento para a produção. A luta dos trabalhadores da ECCO'LET é uma luta pela justiça e pelo respeito pelos trabalhadores da empresa e um exemplo para o setor.

A falta de negociação coletiva no setor tem levado à precariedade das condições de trabalho e a salários baixos. Com o aumento do custo de vida, os trabalhadores precisam de aumentos salariais para poder suportar estes custos.

É fundamental que haja apoio do governo para a obrigação da negociação coletiva no setor do calçado e que as empresas e associações patronais sejam responsabilizadas pelas condições de trabalho e salários justos no setor. A greve parcial da próxima semana é uma forma dos trabalhadores da ECCO'LET serem ouvidos e de mostrar a sua luta pela justiça e pelo respeito à arte de fabricar sapatos.

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